o meu corpo já sente o pesar do tempo. e diz querer mais. ainda se sente jovem, esbelto e corajoso. sem renegar os cursos dos rios do tempo. sem contestar os caminhos já gastos. desfruto do corpo como verdadeira casa. a cada manhã, a cada horinha. sou pele. sou casca. sou senha. feito de códigos e palavras-chave. decifrá-los é o meu predileto desafio diário. venero os movimentos, as articulações e o sentir. no tato que me faz dançar comigo mesmo, que me faz pleonástico e eufêmico sem nada dizer. e a felicidade de me escancarar uma verdade: eu existo.
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