sábado, 15 de maio de 2010

é quando saio por aí, de esquina em esquina, carreando os vestígios de liberdade, que a vida me chega ofegante. num ritmo alucinante, de adrenalina, de confetes e de serpentinas. o carnaval acontece sem ser fevereiro, e com uma fantasia taciturna, colore as ruas e traz gente: caras novas, máscaras cruas, dessas de cotidiano. e aí aquele cheiro de azul inebria os que cantam, dançam e acompanham o bloco. o bloco de tantos estandartes quanto as notas musicais inventadas. as sandálias se arrastam no chão, feito um samba de rua, revelando o jeito malandro mesmo de ser. uns muitos tamborins embalam as valsinhas, e todo mundo se vira do jeito que pode, com par ou sozinho. sem pressa, ‘desço as ladeiras, perdendo o freio devagar’.

Um comentário: