quarta-feira, 5 de agosto de 2009

licença

um meio tempo, um intervalo, assim que decidiu partir. aconteceu de se ver preso, de ser pego. pelo excesso, pelo que se proíbe de costume. passou a ser meado, semeado pela metade das coisas em três partes. em três delas, das mulheres que nele aconteceram. eram todas atrizes. sempre eram. todas vestidas de negro, a exibir seus dotes femininos. esses trejeitos que devaneiam um homem, que só elas têm. fizeram-no se perder. mais que perder a cabeça, de ver em dúvida um coração, perder o caminho de volta. apagaram, com seus perfumes e palavras, a memória insone que o levava às outras, as do passado. se acabou no álcool, na sordidez, na embriaguez que sempre requer, no depois, uma boa xícara de café. no calor que nelas encontrou. o amor. a intensidade. o sexo. uma dose tripla. esse número corajoso, como disseram. o que levaria à perfeição da imagem feminina que sempre deslumbrou. essa equação mágica o devastou. na liberdade da vontade de querer novidade, experimentou esse fervor repentino com polidez, pela espontaneidade que era sua, pela natureza gasta de agir sem temor. e se viu livre para esquecer e viver uma trégua que há tempos procurava.

Nenhum comentário:

Postar um comentário