segunda-feira, 26 de abril de 2010

as metáforas, tão heróicas em seus atos sutis de adjetivação camuflada, já não alcançam os sentidos que se fazem reais nas experiências cotidianas de vida. as cores e as estações eternizam-se como representação imagética dos sentimentos que afloram nos lugares mais simples e nos momentos de lágrimas internas que tratam de celebrar a intensidade do que se sente. parece que mais alma se faz necessário, parece que não dá pra assimilar num só corpo as tantas sensações, parece que o tempo vai cravando marcas por entre as lembranças e os sonhos, assim devastando o passado e carcomendo a memória; nostalgicamente as reflexões filosóficas emergem brutalmente dos lugares inusitadamente líricos da mente. complexidade que não reclama entendimento, apenas corrói a disposição física e psicológica de alguém que é imperfeito. é quando um cansaço arrebatador reflete a irônica leveza do corpo em relação ao que se divide entre o coração e os olhos de quem ama, sofre e, essencialmente, vive.

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