domingo, 3 de janeiro de 2010

acordei com o teu sorriso junto ao meu. fui lentamente abrindo os olhos e vendo a tua cor de jambo reluzir por todo o quarto. lembrei de como tu gostavas do verão e vi que o teu corpo de mulher sobre o meu era um sutil convite a ir à praia. sorriste-me como quem lembrava que já era janeiro e que lá fora o mundo estava verde de esperança. perguntei se dividias comigo uma cartola antes de ganharmos o mundo e me preparaste a melhor de todas. ficaste com cheiro de mel entre o queixo e o pescoço. tive vontade de dizer o quanto estavas bonita naquela manhã, mas certas coisas não precisam ser ditas assim, ao léu. em vez disso, te convidei a dançar. e me olhaste com a expressão indagadora que só os teus olhos sabem fazer, me deste a mão esquerda, o teu vestido branco se deixou embalar, ficamos abraçados por umas duas horas. voltamos à cama, um pouco cansados, desistimos de sair. porque, então, descobrimos que o mundo aqui dentro estava vermelho de amor.

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