sábado, 8 de agosto de 2009

segredos

as coisas ditas
essas foram muitas
na inquietude das promessas

palavras
muito mais que isso

a distância de pele
na obscuridade dos sem-nome
eis onde surge o querer

donde o espelho recíproco
se descobre avesso

nas entrelinhas do intuito
acontece de haver
o inocente despertar

e o que não se diz
se avulta em confissão

no desgoverno do excesso
morre a pureza das coisas
não há mais controle

acontece o inevitável
que não carece dizer

no vão
de tantos nomes
irrompe o silêncio

partido está o elo
na violência do tempo

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